quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quem disse que margarina não é saudável?

Fonte: Correio do Brasil

25/5/2011 12:59,  Redação, com Agência USP - de São Paulo
Margarina contém em sua formulação mistura de óleos de palma e canola

Imagine uma margarina probiótica e livre de gorduras trans. Essa é a nova descoberta de um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo (USP).  Após avaliarem oito formulações, os cientistas chegaram à fórmula final: um produto livre das gorduras hidrogenadas e que contém ácidos graxos essenciais (ácidos linoleico e linolênico).

A bióloga Cinthia Hoch Batista de Souza, que participou da pesquisa, conta que margarina contém em sua formulação uma mistura de óleos de palma e canola, o que é positivo à saúde humana. A pesquisadora explica que para um produto ser considerado probiótico, deve ter uma concentração mínima de 106 unidades formadoras de colônias de micro-organismos probióticos por grama de produto (ufc/g), de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Cinthia explica que o micro-organismo probiótico B. animalis Bb-12 exerce várias funções positivas no intestino humano, principalmente no cólon.
– Ele impede que bactérias patogênicas se multipliquem no intestino, por exemplo, e o consumo da margarina desenvolvida pelo nosso grupo de pesquisa pode colaborar com o aumento das defesas do organismo –, garante a pesquisadora.
Além disso, o consumo dos produtos probióticos repõe os micro-organismos probióticos no intestino, aumentando suas populações.
Entre as formulações testadas, os cientistas também obtiveram um produto simbiótico. Cinthia explica que nesta margarina, a contagem do probiótico também foi satisfatória, sendo acima da quantidade exigida pela Anvisa.
– Para obtermos um produto simbiótico acrescentamos na formulação um ingrediente prebiótico –, descreve a pesquisadora.
Nos testes, Cinthia acrescentou um prebiótico chamado inulina. Assim, um produto simbiótico resulta da combinação de probióticos e prebióticos.
A cientista explica que o ingrediente prebiótico, no caso a inulina, pode ser metabolizado pelo micro-organismo probiótico.
– Nas formulações adicionadas de 3% de inulina obtivemos maiores contagens de B. animalis Bb-12, atingindo 108 ufc/g ao término do armazenamento em uma das formulações –, contabiliza.

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